terça-feira, 31 de julho de 2012

Travessia perigosa faz a sexta vítima no Contorno


Mais uma morte foi registrada na altura do Km-79 da Rodovia BR-040. Dessa vez, a vítima foi Sueli Carvalho Gomes, de 39 anos, atropelada por um veículo não identificado, quando atravessava a via. Ela é a terceira pessoa da mesma família a perder a vida por conta da falta de segurança para a travessia naquele trecho. Moradores continuam reivindicando a construção de uma passarela.
Sueli foi atropelada na noite de domingo, quando voltava para casa, pouco depois das 22h. Segundo Maria Regina Carvalho Gomes, 42, irmã da vítima, ela havia acabado de sair da igreja Assembléia de Deus Central em Petrópolis – Duarte da Silveira. “Depois do culto, quando voltava para casa, minha mãe se ofereceu para acompanhá-la até as margens da rodovia, mas ela não achou necessário e foi embora sozinha. Pouco tempo depois fomos avisados do ocorrido”, contou Maria Regina.
O corpo de Sueli, no entanto, foi encontrado pelo próprio filho, de apenas 12 anos, e pelo companheiro. “O menino ouviu o barulho do impacto na rodovia e chamou o padrasto para ver o que havia acontecido. Quando chegaram lá, entraram em desespero”, contou Maria Regina, completando: “O motorista fugiu do local sem ao menos reduzir a velocidade. Não temos ideia de quem a atropelou”.
De acordo com José Celso, pastor da Igreja que a vítima frequentava, Sueli havia participado do culto com toda a família, mãe e irmãos. “Estava contente e saiu da igreja a pé, por volta das 21h15. No trecho onde ocorreu o atropelamento não existe iluminação, mas a noite estava clara e o farol do carro com certeza ajudou o motorista a enxergá-la”, contou o pastor. Provavelmente por conta da alta velocidade, o motorista do carro atropelador não conseguiu frear a tempo e atingiu a vítima.
Para Maria Regina, no entanto, se a passarela reivindicada há anos à Concer – concessionária que administra a rodovia – tivesse sido construída os frequentes acidentes seriam evitados. Seis pessoas já morreram no local há alguns anos e  Sueli foi a terceira da mesma família. “Já perdi um primo e, em abril, meu tio Luiz Roberto da Conceição, 57, também morreu nessas mesmas condições. É inexplicável. Não conseguimos entender o motivo de providências não serem tomadas”, destaca.
Em abril, depois da morte de Luiz Roberto, moradores chegaram a se manifestar reivindicando a construção da passarela, mas não obtiveram qualquer resposta. Sem o lugar adequado para a travessia, os atropelamentos são frequentes. Na ocasião, destacaram que em dias de neblina contam apenas com a audição para perceber a aproximação de um veículo.
Questionada, a Concer explicou que nas imediações do Km-79 a rodovia possui uma faixa de pedestre e uma placa indicando o ponto de travessia. Ainda assim, recomenda-se ao pedestre prudência redobrada ao atravessar as pistas, onde o trecho apresenta tráfego intenso, estando sujeito à ocorrência de neblina e baixa visibilidade. Não há previsão de passarela para o local.

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